A Marvel lançou o trailer final de Quarteto Fantástico: Primeiros Passos na última quarta. Ele apresenta a família formada por Reed (Pedro Pascal) e Sue (Vanessa Kirby), grávida. E mostra Franklin Richards pela primeira vez. Além disso, Galactus aparece como ameaça iminente, com a Surfista Prateada (Julia Garner) anunciando o apocalipse.

Visual retrô e tom dramático: arroz com feijão?

O filme aposta em estética retrôfuturista dos anos 60. Imagens de Nova York, tecnologia de época e cenários clean marcam presença . O trailer reforça a ideia de que não haverá recontagem de origem. A equipe já opera como heróis formados — o que agiliza a narrativa, mas limita a empolgação visual.

A promessa do épico e o dilema do trailer

Há cenas grandiosas: Galactus impondo seu tamanho colossal, destruição em massa, poderes do quarteto em ação — exceto a elasticidade de Reed, que quase passa despercebida. A Surfista surge como ameaça ameaçadora. Contudo, há pouca novidade inédita — o trailer reitera o que já foi visto em teasers anteriores.

Pedro Pascal: a nova Rachel Zegler?

Se o objetivo da Marvel era focar no retorno do Quarteto Fantástico, a estratégia falhou — em parte, graças a Pedro Pascal. Ao invés de promover o personagem com sobriedade, o ator decidiu dobrar a aposta em um discurso ideológico que vem cansando o público. Durante entrevistas recentes, Pascal evitou falar sobre o enredo, os desafios de interpretar Reed Richards ou qualquer detalhe técnico da produção. Preferiu se posicionar como figura política.

“Hoje, empatia e ciência são vistas como fraquezas. Precisamos resistir a isso”, disse ele em tom professoral.

A fala seria apenas mais um comentário genérico, não fosse o histórico do ator em tratar cada papel como uma plataforma para opiniões progressistas. Em vez de reforçar a curiosidade pelo filme, ele acabou polarizando a recepção. Fãs não economizaram críticas em fóruns e redes sociais:

“Esse filme nem lançou e já virou palanque”, escreveu um usuário no Reddit.
“Pedro Pascal transformou o trailer em TED Talk de lacração”, ironizou outro no X (antigo Twitter).

Além disso, o visual adotado para o personagem — um Reed Richards envelhecido, bigodudo e sem o mínimo esforço para se distanciar da persona “Pedro Pascal de sempre” — não ajudou. Muitos sentiram que o ator está interpretando a si mesmo, com mais pose do que presença. O que era para ser um momento de celebração para os fãs do Quarteto virou um festival de discursos progressistas desconectados da narrativa. Nem o CGI de Galactus, nem a estreia do Surfista Prateado conseguiram abafar o incômodo. Pascal perdeu a oportunidade de somar ao projeto como ator e se tornou um peso extra na divulgação. E a Marvel, ao permitir esse direcionamento, pode ter criado um novo problema: o desgaste do público antes mesmo do lançamento do filme.

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Hype em queda: fãs reagem com cautela

A recepção inicial está morna. Houve reação positiva ao tom familiar e ao visual clássico. Porém, muitos fãs criticam a falta de impacto imediato e comparações desfavoráveis com teasers anteriores. A presença de família e bebê traz calor emocional, mas gera dúvidas se basta para sustentar o tom sombrio prometido.

O que ainda está em jogo

  • Lançamento: 24 de julho de 2025 nos cinemas brasileiros;

  • Direção: Matt Shakman (de WandaVision), trazendo experiência em séries com tom íntimo;

  • Fase 6 do MCU: Este é o primeiro filme da nova fase. Ele prepara terreno para Vingadores: Doomsday (2026) e Guerras Secretas (2027).

Conclusão: o trailer entrega, mas não empolga

O novo trailer de Primeiros Passos oferece cenas épicas, presença familiar e vilões cósmicos. No entanto, o espetáculo visual ainda está por vir. Faltam momentos memoráveis que elevem o tom retrô para algo realmente blockbuster. Assim, o entusiasmo inicial dá lugar a uma expectativa cuidadosa — aguardando o filme para ver se é “tudo ou nada”.