2025 sinaliza um momento decisivo para a indústria dos games. Enquanto os consoles portáteis atingem um novo patamar técnico com modelos como o AYANEO Pocket S2 e o aguardado ASUS ROG NUC, o ecossistema de jogos passa por uma transformação profunda com a consolidação dos games baseados em blockchain. Para entender o impacto atual, é essencial recuar ao princípio dessa tecnologia.

O que é Blockchain e como ela entrou no mundo dos games?

A blockchain surgiu em 2008 como a tecnologia base por trás do Bitcoin, proposta por um autor sob o pseudônimo Satoshi Nakamoto. Seu principal diferencial era oferecer uma forma descentralizada, imutável e transparente de registrar transações — sem a necessidade de uma autoridade central como bancos ou governos.

Em termos simples, blockchain é um banco de dados distribuído onde cada “bloco” de informações é criptograficamente ligado ao anterior, formando uma cadeia inviolável. Isso permite rastrear transações, ativos e informações de forma segura, verificável e pública.

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Como isso se aplica aos games?

Nos games, a blockchain permite algo inédito: a propriedade real de ativos digitais. Skins, armas, terrenos ou personagens passam a ser tokens únicos (NFTs), registrados na blockchain. Isso garante que o item pertence ao jogador, e não à empresa. Além disso, viabiliza:

  • Economias Play-to-Earn (P2E), onde jogadores ganham criptoativos com base em seu desempenho;

  • Interoperabilidade, ou seja, levar seus itens para diferentes jogos;

  • Transparência nas regras econômicas, combatendo fraudes;

  • Mercados paralelos legítimos, com venda e troca de ativos por dinheiro real.

A blockchain, portanto, redefine a relação entre jogador e jogo — e, por consequência, entre consumidor e indústria.

Blockchain Gaming ganha força em 2025

A indústria de blockchain gaming explodiu em 2025. Segundo projeções da CoinLaw, o mercado já ultrapassou US$ 21,6 bilhões neste ano, e pode atingir US$ 328 bilhões até 2030, crescendo a uma taxa média de 69% ao ano.

As principais tendências atuais:

  1. Jogador como detentor de verdadeiros ativos (NFTs)

  2. Interoperabilidade entre jogos e plataformas

  3. Modelos Play‑to‑Earn (P2E) e finanças descentralizadas (DeFi) integradas aos jogos

  4. Adoção em massa no mobile, com 73% dos jogos blockchain disponíveis em celulares

  5. Fusão com IA e metaverso, criando mundos com economia autogerida e decisões por voto descentralizado

Alguns projetos ganharam destaque por suas inovações técnicas. O game Illuvium, por exemplo, utiliza o protocolo Immutable X (Ethereum Layer-2) para possibilitar interoperabilidade de NFTs entre títulos diferentes. Em contraste, outros jogos, como Ember Sword, encerraram atividades este ano por falta de capital, sinalizando que a sustentabilidade ainda é um desafio.

Consoles portáteis em alta: AYANEO Pocket S2/S2 Pro e ROG NUC

Ao mesmo tempo, o mercado de consoles portáteis de alto desempenho ganha força com lançamentos que buscam unir mobilidade, potência e ergonomia premium.

🔹 AYANEO Pocket S2/S2 Pro (lançado julho/2025)

  • Tela IPS de 6,3” com resolução 2K e taxa de 120Hz

  • Chip Snapdragon G3x Gen 3 com TDP ajustável de até 20W

  • Memória RAM de até 16GB e armazenamento até 1TB

  • Bateria de 8.000 mAh (S2) ou 10.000 mAh (Pro), com recarga rápida

  • Sistema Android com suporte a streaming e emulação

  • Preço a partir de US$ 439 via Indiegogo

A linha S2 mostra que a fronteira entre mobile e PC gamer está desaparecendo. A performance, aliada a longa autonomia e tela com brilho de 600 nits, tornam o dispositivo ideal para quem joga em movimento.

Um console portátil.

ASUS ROG NUC (a caminho)

Por outro lado, a ASUS está finalizando o ROG NUC, uma mistura de mini-PC com design portátil, voltado para quem deseja a potência de um desktop em um formato muito mais compacto. Embora ainda não tenha uma data oficial de lançamento, o projeto já chama atenção por sua proposta ambiciosa. Ele busca competir diretamente com o Steam Deck e as linhas da AYANEO, sobretudo ao oferecer GPUs dedicadas e suporte robusto à multitarefa — o que o torna ideal para streaming, mods, criação de conteúdo e jogos de alta performance. Além disso, sua modularidade e integração com o ecossistema ROG devem atrair tanto gamers exigentes quanto profissionais criativos em busca de mobilidade sem perdas de desempenho.

Conclusão

As mudanças vistas neste mês mostram um setor em plena mutação:

  • A blockchain gaming entrega autonomia ao jogador, com economias reais e interoperabilidade;

  • Os consoles portáteis evoluíram de simples extensões para máquinas completas e versáteis;

  • A convergência entre blockchain, IA, mobile e jogos de alto desempenho cria uma nova geração de experiências interativas.

Em 2025, o futuro dos games não apenas foi anunciado — ele começou a ser jogado, item por item, pixel por pixel, em tempo real e sob posse dos próprios jogadores.