O lançamento de Superman (2025), dirigido por James Gunn e estrelado por David Corenswet, marca o início oficial do novo DCU. Após anos de instabilidade criativa e fracassos de bilheteria, a DC Studios parece, enfim, encontrar uma direção clara. A recepção crítica ao filme revela um cenário promissor, embora não unânime. Ainda assim, muitos já se perguntam: será que agora é a vez da DC nos cinemas?

Uma nova abordagem para o Superman

Diferente da versão sombria interpretada por Henry Cavill, o Superman de Corenswet aposta em leveza, otimismo e senso de humor. Essa mudança não é acidental. Desde que assumiu o comando criativo do estúdio, James Gunn deixou claro que queria um universo mais acessível e emocionalmente envolvente. E, conforme apontam os primeiros reviews, essa estratégia começa a dar resultado.

O ScreenRant classificou o filme como um “espetáculo DC” que supera as expectativas. Segundo o site, o longa consegue equilibrar ação, fantasia e desenvolvimento de personagem com uma leveza que remete ao estilo da Marvel, mas sem copiar sua fórmula. O Slashfilm reforçou essa percepção, descrevendo Superman como um “crowd-pleaser charmoso”, com humor pontual e energia visual inspirada nos quadrinhos clássicos.

A crítica destaca os pontos fortes

Diversos veículos apontam os méritos da nova produção. O The Atlantic, por exemplo, destacou o “tom renovador” do filme e elogiou a forma como James Gunn torna o herói mais humano e próximo do público. Já o Black Girl Nerds ressaltou o apelo nostálgico da narrativa, comparando o longa a clássicos do cinema de aventura dos anos 80. Para muitos, o filme funciona não só como reboot, mas como recomeço conceitual da marca DC nos cinemas.

Outros veículos, como Polygon, Houston Chronicle e NY Post, elogiaram especialmente as atuações. David Corenswet entrega um Superman carismático e convincente, enquanto Rachel Brosnahan (Lois Lane) rouba a cena com segurança e naturalidade. Além disso, o cão Krypto — inserido com inteligência na narrativa — se tornou um dos destaques mais comentados entre os fãs.

Contudo, nem tudo convence

  • The Guardian critica o filme como “sem alma” e fragmentado, com crise de identidade pouco interessante no personagem theguardian.com.

  • Entertainment Weekly elogia atores, mas aponta falhas no script e roteiro sobrecarregado youtube.com+1portalf5.com.br+1.

  • The Times descreve a narrativa como uma “sopa de super-heróis”, com excesso de personagens e exagero de CGI thetimes.co.uk+1portalf5.com.br+1.

  • SF Chronicle observa tom confuso entre sátira e blockbuster, com personagens subutilizados e trama sobrecarregada .

Ainda assim, mesmo os reviews mais céticos reconhecem as intenções positivas por trás do projeto. Há um consenso de que, mesmo com falhas pontuais, o filme representa uma ruptura necessária com o tom fragmentado do antigo DCEU.

Um futuro mais coeso?

Agora, com Superman servindo de base para o novo universo cinematográfico da DC (o DCU), a questão principal é: a Warner Bros. vai manter o nível de consistência? O próprio Gunn já confirmou que personagens introduzidos neste filme aparecerão em futuros projetos, incluindo The Authority e Supergirl: Woman of Tomorrow. Além disso, a recepção calorosa do público em pré-estreias internacionais reforça a ideia de que o estúdio, finalmente, entendeu o que seu público busca: um universo coeso, emocionalmente engajado e visualmente marcante.

Conclusão

O novo Superman não é apenas um filme bem recebido. Ele representa um novo ponto de partida para a DC nos cinemas. Com direção segura, atuações carismáticas e uma visão mais clara de universo compartilhado, James Gunn entrega exatamente o que prometeu: uma reimaginação otimista e acessível de um ícone moderno. Ainda há ajustes a serem feitos, mas pela primeira vez em anos, o público volta a acreditar no potencial da DCU.

Filmes de Heróis: ainda valem o investimento?

Hollywood em Xeque: Do Ouro ao Risco da Mesmice

Flopou? Novo “Jurassic World” falha onde deveria renascer