
A Capcom promete virar a página. Mas o que nos espera?
Violência, dor e… legado. Resident Evil 9: Requiem não quer apenas assustar. Ele quer assombrar para sempre.
Grace Ashcroft: Uma Nova Protagonista, Um Velho Trauma
Ela não é soldado. Não é agente secreta. Não é Leon ou Jill.
Grace Ashcroft, a protagonista do novo capítulo, é uma analista do FBI marcada por uma perda: sua mãe, a jornalista Alyssa Ashcroft, morreu em circunstâncias misteriosas no Hotel Wrenwood – o ponto de partida da história. O jogo começa com Grace revisitando esse local, oito anos após o incidente. Luto, memórias reprimidas, e um chamado para enfrentar o que restou. Esse não é apenas mais um jogo de zumbis. É uma jornada pessoal pelo inferno.
O Requiem de Raccoon City
O primeiro trailer revelou imagens de Raccoon City em ruínas, provocando nostalgia imediata. Mas não se engane: a cidade não será o palco principal, segundo vazamentos confiáveis. Será apenas uma memória, um símbolo de tudo o que foi perdido. O verdadeiro terror se espalha em novos territórios, com visuais decadentes, ambientes opressivos e silêncio perturbador. A Capcom quer deixar claro: isso não é fan service. É uma despedida.
Leon, Jill e a Trilogia Não Oficial
Segundo fontes internas e vazamentos de nomes como Dusk Golem, Requiem marca o fechamento de uma “trilogia espiritual do Leon” – que teria começado com RE2 e RE4. Leon Kennedy pode retornar, mas em um papel mais sombrio e fragmentado. Jill Valentine também é citada como uma presença possível, mas ainda envolta em mistério. Se ambos aparecerem, será mais do que uma reunião de velhos ícones. Será o confronto de sobreviventes marcados por décadas de horror biológico, cada um à sua maneira.
Horror em Primeira ou Terceira Pessoa? Agora Você Escolhe
Uma das grandes novidades é o sistema de câmera híbrido: o jogador poderá alternar entre primeira e terceira pessoa em tempo real. É a primeira vez na série que essa liberdade é oferecida.
Quer viver o horror como Grace, vendo pelos olhos dela? Ou prefere uma perspectiva mais estratégica, como nos clássicos RE4 e RE5? Agora é escolha sua. Isso não é só estilo. É narrativa adaptativa. É imersão ao extremo.
Criaturas à Altura do Pesadelo
O trailer revelou uma criatura gigantesca, em meio à escuridão de um corredor antigo. A comparação com Mr. X e Lady Dimitrescu é inevitável. Mas há uma diferença: esse monstro não parece seguir regras. Ele não é “programado para assustar”. Ele vive, se esconde, ouve, caça. O foco em terror psicológico, som ambiental e iluminação realista indica que a Capcom está voltando às raízes de Resident Evil 7 — mas com mais ambição.
O Poder do Luto: Enredo Emocional e Pessoal
Não se trata apenas de vírus, armas biológicas e conspirações. Resident Evil 9: Requiem é sobre luto, memória e legado. Grace não quer salvar o mundo. Ela quer entender o que aconteceu com sua mãe. Ela quer enterrar os mortos – de verdade. E talvez, no processo, descobrir que alguns fantasmas não querem ser esquecidos.
Gráficos, Engine e Tecnologia: A Beleza do Horror
Com o RE Engine refinado ao limite, o jogo apresenta:
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Expressões faciais realistas até o tremor labial.
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Iluminação dinâmica e sombreamento tenso.
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Ambientes interativos, com reações físicas à luz e ao som.
A Capcom diz que este é o maior orçamento da história da franquia.
O resultado? Um visual brutal, assombroso, e ao mesmo tempo… lindo.
Sim, o terror também pode ser belo.
Vazamentos, Hype e Riscos
Diversos vazamentos já confirmaram:
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Monstros inteligentes e imprevisíveis.
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Elementos de RPG e exploração em mapas semiabertos.
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Enredo emocional com múltiplas camadas de narrativa.
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E um mistério que remonta ao RE7: pistas sobre Grace e sua mãe já estavam escondidas lá.
O risco? A Capcom prometer demais e entregar um Frankenstein de ideias desconexas.
A recompensa? Talvez o melhor Resident Evil desde 2005.
O Veredito: Estamos Prontos para o Fim… Ou para o Recomeço?
Requiem não é só o título do jogo. É o conceito que o move.
Um cântico para os mortos. Um lamento para os vivos.
Resident Evil 9 pode ser o ponto final de uma era – ou o início de algo mais sombrio, mais pessoal, mais humano.
Talvez seja esse o maior terror de todos: perceber que, depois de tanto sangue, o pior ainda está por vir.