
Quando os sustos vinham em câmera fixa e as noites em claro eram causadas por zumbis pixelados.
Primeiramente… O primeiro PlayStation foi o ponto de virada para o gênero de terror nos videogames. Com seus visuais pré-renderizados, trilhas sonoras tensas e atmosferas sufocantes, o PSX entregou jogos que marcaram a geração não pelos gráficos realistas, mas pela sensação de vulnerabilidade total. Esta lista reúne os títulos que definiram o terror em 32 bits — não apenas os mais populares, mas os mais assustadores, influentes e inesquecíveis.
10. Koudelka (1999)
Desenvolvedora: Sacnoth
Um RPG tático com alma de filme de terror gótico. Ambientado num monastério mal-assombrado do século XIX, Koudelka se destaca por sua ambientação sombria, narrativa adulta e visual grotesco. A mistura entre combates por turnos e exploração lenta cria uma experiência atmosférica e densa, única no catálogo do PlayStation.
Destaque: Terror sobrenatural com elementos filosóficos e visuais perturbadores.
9. Hellnight (1998)
Desenvolvedora: Atlus / Konami
Pouco conhecido, mas absolutamente aterrorizante. Você acorda nos esgotos de Tóquio e descobre que uma criatura mutante está à solta. Sem armas, sem mapa, sem alívio. O jogo é inteiro baseado em fuga, criando uma sensação constante de impotência e pavor.
Destaque: Um dos primeiros jogos a usar o terror de perseguição contínua com maestria.
8. Fear Effect (2000)
Desenvolvedora: Kronos Digital Entertainment
Estética cel-shading inovadora, mas não se engane: Fear Effect é sombrio, adulto e perturbador. Mistura cyberpunk, mortos-vivos, possessões e rituais chineses com uma narrativa pesada. A trilha sonora industrial e os puzzles brutais reforçam o clima sufocante.
Destaque: Terror estilizado, com temas ousados e atmosfera carregada.
7. Parasite Eve (1998)
Desenvolvedora: Square
A Square mergulhou no horror biológico misturado com RPG e criou um jogo que começa com combustão espontânea em uma ópera. Parasite Eve mistura combate estratégico, narrativa cinematográfica e mutações grotescas em uma Nova York corrompida.
Destaque: O terror do corpo humano desintegrando-se diante da ciência descontrolada.
6. Dino Crisis (1999)
Desenvolvedora: Capcom
Uma instalação científica isolada. Criaturas pré-históricas soltas. Recursos escassos. Dos mesmos criadores de Resident Evil, Dino Crisis colocou dinossauros hiperinteligentes no lugar de zumbis, com IA agressiva e ritmo mais acelerado.
Destaque: Tensão constante e perseguições sufocantes — os velociraptors não esperam você mirar.
5. Resident Evil 3: Nemesis (1999)
Desenvolvedora: Capcom
A introdução do Nemesis mudou tudo. Agora o terror tinha nome, rosto e estava te seguindo o tempo todo. Resident Evil 3 ampliou a ação, mas manteve a angústia do gerenciamento de recursos e a claustrofobia dos cenários urbanos destruídos.
Destaque: O inimigo que te persegue sem descanso elevou o terror a outro patamar.
4. Clock Tower (1996)
Desenvolvedora: Human Entertainment
Diferente de tudo. Clock Tower é um point-and-click de terror psicológico onde você está indefeso diante de um assassino com uma tesoura gigante. A tensão vem da impotência: você só pode correr e se esconder, rezando para não ser encontrado.
Destaque: Atmosfera angustiante e sensação de perseguição constante — puro pânico.
3. Resident Evil 2 (1998)
Desenvolvedora: Capcom
Mais grandioso que o primeiro, Resident Evil 2 ampliou tudo: narrativa, cenários, criaturas. A delegacia de Raccoon City se tornou um ícone do horror, e os zumbis, Lickers e chefes grotescos elevaram o nível técnico do gênero.
Destaque: Duas campanhas interligadas, múltiplos finais e terror em escala cinematográfica.
2. Silent Hill (1999)
Desenvolvedora: Konami
Um marco no terror psicológico. Silent Hill trocou o gore pelo simbólico, os sustos por desconforto, a lógica pela loucura. A névoa não era limitação técnica — era design. A trilha sonora industrial, os ambientes tortos e os monstros metafóricos criaram algo que mexia com o subconsciente.
Destaque: Terror subjetivo que permanece com você muito depois de desligar o console.
1. Resident Evil (1996)
Desenvolvedora: Capcom
O começo de tudo. A mansão Spencer, as portas que se abrem lentamente, o silêncio que grita. Nada foi mais aterrorizante do que jogar Resident Evil pela primeira vez. É um jogo que te ensina a ter medo do que não vê, a economizar cada bala e a desconfiar de cada sombra.
Destaque: Atmosfera opressiva, direção de arte icônica e o verdadeiro nascimento do survival horror moderno.
Conclusão
O PlayStation 1 foi o berço do horror nos videogames. Mesmo com limitações técnicas, os jogos dessa lista provaram que o medo não depende de gráficos realistas — depende de atmosfera, som, ritmo e design. Foram títulos que moldaram o gênero e deixaram cicatrizes na memória de toda uma geração. Se você viveu essa época, sabe exatamente do que estamos falando. Se não viveu, prepare-se: esses jogos ainda sabem como assustar.
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