
Parece que James Gunn vai transformar o Superman em um símbolo político. Recentemente, ele supostamente afirmou que seu próximo filme será “sobre política”. Em entrevista à Variety, o diretor de Superman afirmou que o novo filme é, sim, “sobre política”, comparando o herói kryptoniano a um imigrante e relacionando sua imagem ferida com um “país machucado”, em referência aos Estados Unidos.
“Sim, é um filme político”, disse Gunn, segundo relatos. “É sobre um imigrante que veio de outro lugar, sobre bondade humana básica, algo que estamos perdendo diante das vozes mais sombrias e barulhentas.” – disse Gunn
Gunn pode transformar o herói em panfleto ideológico
Ao que tudo indica, Gunn vai forçar essa comparação e, assim, pode esvaziar o verdadeiro significado do Superman. Criado em 1938, o herói sempre simbolizou justiça, honra e autocontrole. Ele não existe para representar fronteiras ou discursos políticos. Pelo contrário, ele inspira valores universais que transcendem tempo e cultura.
No entanto, parece que Gunn vai desconstruir essa essência. Em vez de reafirmar os pilares que sustentam o personagem há décadas, ele pode reescrever o Superman como reflexo das causas progressistas atuais. Essa decisão, se confirmada, provavelmente vai afastar os fãs que esperam uma abordagem fiel.
Hollywood insiste em doutrinar o público
Além disso, a indústria do entretenimento parece continuar transformando heróis em instrumentos ideológicos. Gunn provavelmente seguirá essa tendência, usando o Superman como símbolo de imigração e “bondade perdida”. Essa escolha demonstra um possível abandono da narrativa clássica em favor de discursos morais disfarçados.
Além do mais, Gunn pode reforçar a ideia de que toda obra deve “ensinar algo” — desde que essa lição esteja alinhada com o progressismo. Em vez de apresentar um herói que inspira pelas ações, ele pode propor uma figura vulnerável e machucada. Essa figura pode carregar uma mensagem ideológica acima do próprio heroísmo. Se isso ocorrer, certamente vai comprometer o impacto da história.
O público pode querer heróis, não sermões
Por sua vez, a maioria dos fãs provavelmente não vai querer lacração. Eles vão querer personagens coerentes, tramas envolventes e valores sólidos. O Superman original oferece exatamente isso. Portanto, ele não precisará de atualizações ideológicas nem de metáforas sociais forçadas. Ele deverá continuar sendo o que sempre foi: um símbolo de esperança, coragem e escolha moral.
Contudo, parece que Gunn vai preferir agradar à elite de Hollywood do que honrar o legado do herói. Assim, seu discurso sobre bondade pode soar raso, quase cínico, diante da desconstrução completa do personagem.
O resultado pode ser mais do mesmo
Por fim, ao tentar lacrar, James Gunn deve se juntar a uma longa lista de diretores que sacrificaram ícones culturais em nome de causas políticas. O novo Superman pode deixar de ser um herói aspiracional e, em vez disso, se tornar um espelho ideológico. Além disso, o filme, que poderia resgatar o coração da DC, corre o sério risco de se tornar mais uma peça publicitária disfarçada de blockbuster.
Conclusão: o Superman de Gunn pode voar baixo
James Gunn terá a chance de reconstruir um mito. No entanto, parece que ele vai escolher desconstruí-lo. Assim, pode transformar um símbolo de força e virtude em veículo para discursos sociopolíticos. Por fim, o público, cansado de lições travestidas de roteiro, deve perceber essa manobra. Diante disso, pode optar por outro herói — um que represente coragem sem panfletos.
Superman futuro de Gunn: renascimento ou agenda política?